A 15 km do centro da capital do Brasil, vive um lixão a céu aberto, o maior da América Latina e o segundo maior do mundo, de acordo com a Associação Internacional de Resíduos Sólidos. O prazo estipulado pelo governo local para fechar o espaço terminaria no fim de outubro de 2017, mas foi adiado para 2018.

 

Ao longo da série, acompanhamos os três meses que antecederam o prazo para o fechamento do lixão em outubro de 2017, que não não foi cumprido. Percebemos os receios e as dúvidas da população sobre ficar sem o lugar que é fonte de renda para muitas famílias da Estrutural.

 

Neste primeiro episódio, conhecemos histórias de moradores da Cidade Estrutural sobre como a região nasceu, cresceu e se estruturou por causa do lixão. Também vamos apresentar dados que retratam a Estrutural de hoje, as memórias dos pioneiros, pessoas com boas inicitivas na comunidade e o receio sobre um recomeço sem o lixão cada vez mais próximo.

 

Ouvimos histórias de pioneiros da Cidade Estrutural. Moradores relatam que muitos ocuparam o local em meados da década de 60 em busca de renda. Nas imagens abaixo, podemos ver registros do início da Estrutural. As fotos foram cedidas pelo Ponto de Memória da Estrutural, espaço que, com o apoio de voluntários, trabalha para preservar a história local.

 
 

Foto: Arquivo do Ponto de Memória da Cidade Estrutural

 

 

Também conhecemos personagens que se dedicam para desenvolver a Estrutural, como a Abadia Teixeira, líder comunitária. Abadia trabalha no Banco Comunitário da Estrutural, lugar que oferece crédito a pessoas de baixa renda, no Ponto de Memória e no MECE, grupo que busca desenvolver a educação e a cultura local. Na reportagem, ela explica como foi difícil conquistar um terreno. No áudio a seguir, Abadia conta como, após conseguir o terreno, o transformou em um espaço comunitário com a construção de uma biblioteca em casa.

  

 

 

 

Em operação desde a década de 60, o Lixão da Estrutural atraiu centenas de catadores na consolidação da região. Muitas pessoas construíram barracos em volta do lixão e começaram a habitar o que hoje é uma região administrativa.



 

 Foto: Arquivo SLU

 

 

Além da história da formação da Cidade Estrutural também conhecemos dados sobre o que é o a Estrutural hoje. De acordo com a Companhia de Planejamento do DF, a Codeplan, os moradores da Estrutural são em sua maioria jovens, com baixa escolaridade e baixa renda. A renda média por casa é de R$ 2 mil e uma em cada dez casa está em situação de vulnerabilidade.  Para acessar o estudo completo, clique na imagem abaixo: 

 

 

 

 

Acessibilidade:

Leia o roteiro do episódio 1.