Neste segundo episódio, entendemos melhor o trabalho das cooperativas que beneficiam e comercializam os frutos do Cerrado, representadas pela gigante local “Central do Cerrado”, bem como histórias de quem se relaciona com esse modelo.

 

No Distrito Federal, não há um levantamento oficial por parte da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) de quantas cooperativas trabalham com frutos do Cerrado. Mas, uma delas, a Central do Cerrado, que funciona como uma união de cooperativas, é a gigante do mercado local. A Central do Cerrado funciona há pelo menos 14 anos, e atua concentrando excedentes de produção de 21 cooperativas, influencia na vida de mais de oito mil família cooperadas.

 

Em 2014, o programa Ecosenado, da TV Senado, esteve na cooperativa, e falou sobre o trabalho ecosocial que é realizado. Confira na reportagem:

 

 

Na produção tradicional, todos os ônus ficam por conta do trabalhador. Ele é quem planta sozinho, colhe, limpa, transporta e vai até quem busca comprar seus produtos. Mas, em se tratando de frutos do Cerrado, devido à sua sazonalidade e pelas características extrativistas dessa produção, nem sempre é possível e viável economicamente um produtor fazer isso tudo sozinho.

 

Aliado à isso, há o fato artesanal do processo. Para quebrar o baru, por exemplo, as ferramentas são todas manuais. Engenhocas criadas sob medida para a extração. Um quilo de castanha de baru tem pelo menos 900 frutos, que precisam ser colhidos, quebrados um a um, separados, torrados e descascados.

 

Equipamento para quebra manual do baru, na casa de dona Ana Romeiro e Seu Zilas, em Padre Bernardo - GO

 

Uma importante organização que trabalha com a cooperativa Central do Cerrado e defende a utilização dos sabores locais na mesa do brasiliense é o Slow Food Cerrado. Esse movimento cria estratégias para a proteção dos ingredientes locais e promoção da alimentação saudável e consciente.

 

Eliane Régis, líder da Aliança de Cozinheiros do Slow Food Cerrado, explica como é o trabalho por meio da entidade com os extrativistas, tudo aliado à Central do Cerrado, onde também prestou serviços por dois anos:

 

 

 

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